Serra do Cipó

Serra do Cipó
Sinos de Aldebarãn 8c

sábado, 24 de agosto de 2013

Resultados de um treinamento levado a serio te leva a fazer coisas serias..

Sempre que passo o final de semana em Arcos, cada vez, mais eu fico impressionado com as vias e os setores que exitem por lá, e sem falar no enorme potencial que tem na região,nos 3 finais de semana passado eu estive lá, e deu para aproveitar bastante.
Na verdade gostaria de passar essa temporada fazendo os projetos de parede que tenho traçados e visualizados sempre quando mentalizo uma escalada que ainda não fiz, pois é temporada e projetos de escalada esportiva dá pra mandar no verão, escolhendo uma via que faça sombra em alguma parte do dia. Na minha mente já encadenei o Atalho do diabo no corcovado (8º Xa) varias vezes minha mãe não curtiu muito o nome da via quando eu disse pra ela..rsrs, confesso que eu também não, mais a linha da via é perfeita, vale todo o esforço pra chegar naquele Headwall , já mentalizei a noite no platô da Place of Happiness (8º IXa, 850m ) na Pedra Riscada, passando por aquele diedro magnifico – Sempre me mentalizo guiando, logico,rsrs, sei que em um futuro bem próximo eu vou repetir a via e sabe lá qual enfiada vai cair na mão?!?...
A única coisa que deixa o processo lento de realizar uma via mais comprometida é que existem uma serie de procedimentos que precisam ser levados em conta na hora de partir para uma escalada tão seria. O que levar de equipo? Quantidade de água, rango? Escolher os parceiros mais habituados em escalar paredes e esportivas e que estejam na vibe de passar o perregue com você, sem falar no dia a dia de quem precisa trabalhar durante a semana e tentar fazer um projeto tão rápido, contando com o tempo de viajem, fica apertado em um final de semana, tudo tem que dá certo para conseguir fazer o tão almejado cume ( sem mutretar na via, ou mutretar de segundo..rsrs ).

Consegui nessa “temporada” realizar a Raja 7º VIIIa 600mt uma das vias que eu já mentalizava, na pedra do elefante Taquaril – Petrópolis, no Rio de Janeiro com o Pedro Henrique atleta Onblx de Friburgo – Rj. Foi irado e do jeito que eu mentalizava a escalada antes (só não guiei tudo, rs, mais adivinha quem pegou VIIIa, - Mentaliza não pra ver??). Sempre digo que metade do seu sucesso já está garantido se você acreditar no seu sucesso, e não deu outra, depois de mais ou menos 8 horas de escalada, e quase 3 horas rapel, chegamos ao chão com o cair da noite, como eu abri os rapéis usei a lanterna já no ultimo rapel, já o Pedrinho nem precisou. Chegamos no Abrigo e encontramos com a galera pra dividir toda a nossa emoção e felicidade que tomava conta de nós, valeu pela energia boa Edu R.C que estava lá com um casal de alemão, “deu queijo pra nóis” e tinha um rango que o Alemão fez, tradicional na sua terra natal, bem parecido com anti-pasto, chamado Iouquefizh,(eu que fiz em Português) tinha uma mais uma garota que estava lá, que não me lembro o nome, Sorry, mais valeu pelas fotos e pela vibe.

Eu e Pedrinho na esquerda na P6.

Depois de uma merecida e boa noite de sono, levantamos na manha seguinte e fomos para a via Jogue as suas Tranças 7 IXb ? 120 mts, acho que ainda está sem cadena, tem um crux muito técnico e forte, qua acho não tenho certeza se alguém já liberou, sendo possível fazer em A0, somente no crux, uma via de parede totalmente esportiva de 3 enfiadas, linda, recomendo a todos que gostam de falésia nas alturas. A via inteira é uma grande chorreira da base até a sua terceira enfiada, depois dali encontra com uma outra via ainda não foi finalizada. Depois, dois rapéis curtos e está de volta na trilha, é possível rapelar da terceira enfiada para outra via como é possível ver na foto a terceira enfiada é uma grande chorreira em diagonal. A chorreira de baixo é uma via nova que não sei o nome, mais tem no croqui do Abrigo do Elefante, parece ser um 7b nosso de parede..

Eu me preparando para guiar a terceira enfiada da via Jogue as sua tranças e Pedro Henrique na seg esperta..


Bom Voltando a Arcos, no primeiro final de semana, me fartei de escalar, vários oitavos a vistas e alguns saíram no segundo pega, alguns oitavos exigentes, como a Confusão Mental 8c (7b+) fr, já no final do dia. E no dia seguinte, mandei um dos projetos que já tinha traçado como meta, a via rastro de são pedro, cartão de visita para os escaladores mais resistente, tive a felicidade de colocar mais essa via no caderninho, uma via que tem pouca ascensão, pois realmente é uma via bem forte, e que exige uma certa fluidez nas passadas. Acho que está cotada em 9b brasileiro (7c+ )fr ( tem vias para todos os níveis, para iniciantes até projetos sem First Ascent (FA – Primeira ascensão ou Cadena, “Sortudo pra quem ver, sofrido pra quem manda” ), tem vias para as crianças, e até mesmo pra levar a gatinha pra passear, banho de rio, cavernas e trilhas, andar de bike, tudo isso dá pra fazer em Arcos. Tem bastante Oitavo Gau Brasileiro (7a – 7b+)fr pra quem domina esse grau se farta mandando a vista, e pra quem quer dominar o grau também tem vias a vontade pra escolher a batalha.

Já no segundo final de semana, queria experimentar algo novo, e deixar o misterioso projeto Flutuância da Crocância ainda mais pra frente, então resolvi entrar em todos os oitavos e sétimos que ainda não tinha feito. Entrava frenético em qualquer via que eu achasse interessante, rendeu, fiquem bem aclimatado com o estilo de escalada em Arcos, por mais que seja Calcário as vias de lá são bem características da sua formação rochosa, algumas vias lembra o bem cipó, que é o mesmo tipo de rocha.

Via Rastro de São Pedro 9a/b (7c/ 7c+)fr




Ainda no segundo final de semana vi uma via nova que o Eustáquio Júnior (Peixe), abriu perto do setor da bom dia. Uma linha que começa em pequenos regletes, bem técnica a saída da via, alternando em agarras maiores e regletes até virar uma fenda onde os estalamentos são o incio do crux, uma beliscada no mono dedo, e um tapa de esqueda no agarrão, descansa respira, mais algumas passadas de entalamento, belisca no relgete e mais um tapa só que de direita no agarrão, ai sim...relaxa respira costura e escala mais uns 7 metros passando por alguns pequenos tetos tranquilos até as chapas com argola. Essa via chama-se jogo de cintura, 9b (Hard ) Brasileiro, (7c+)fr

Mais isso foi isolando, a cadena mesmo veio no terceiro final de semana que voltei no pico, fiz um treino mais leve durante a semana para guardar forças e músculos para a via, já cheguei no pico entrando na Rastro para Equipar para o Wellyson (Somá ) que está tentando a cadena..
Quase mandei de novo a via na cadena, cai de bobeira praticamente no top, onde já era agarrão, são truques do calcário escorreguento..rsrs. Depois de equipar a rastro, já fui direto equipar a via Jogo de cintura, equipei a via, ensaiei os movimentos mais factíveis para mim, e na metade do dia entrei na via e isshplau...Mandei... Foi a Segunda ascensão dessa magnifica linha. a primeira ascensão foi o Calango, segundo os escaladores locais..Parabéns



Agradeço sempre o apoio, das pessoas e amigos, que nos motivam sempre a evoluir cada vez mais. É a energia boa da galera na base que meu empurra pra cima...

Do Rio de Janeiro até ao pico são aproximadamente 560km, o melhor caminho é pela 040 – sentido BH, no trevo da cidade de Barbacena, entrar sentido a Tiradentes – Br 265, seguir pela Br 265 até a rodovia Fernão dias, Br 381 nessa rodovia seguir sentido a Belo Horizonte por uns 20 km até o trevo de perdões e seguir para a br 354 sentido formiga, e logo depois Arcos.

Já pra quem vem de são paulo é só fazer o trajeto apartir da Br 381, Fernão dias...

já não vejo a hora de retornar, e começar a mexer no projeto ainda sem FA...

Até a próxima trip...

Boa escaladas!

Sérgio Ricardo

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Pbolt – andamento dos testes

Saudações Amigos,

Começo esse post agradecendo a comunidade escaladora e especialmente você que está lendo este post agora, sem a energia de vocês eu já teria parado no segundo grampo, sempre que parto pra cadena de alguma via eu tento trazer a confiança do meu segurança para mim, para que eu possa escalar confortável e confiante de passar o crux, e é dessa forma que tenho feito em relação ao Pbolt.

Como eu tinha dito antes, os resultados dos testes só aparecerão com a ajuda da própria comunidade escaladora, fiz alguns grampos e distribui para algumas pessoas que respeito muito dentro do esporte de escalada e tenho certeza de que serão testados da melhor maneira possível, peço para que filmem os testes e publiquem na Fanpage do Pbolt no Facebook. Para quem instalar o grampo na rocha para testes, peço para que estudem outras formas de técnicas de escalada usando fitas no tarugo equalizando no olhal, tenho certeza de que um leque de oportunidades e ideias aparecerá.

Esta semana estamos organizando o teste de arrancamento em tetos, na UFLA. Sim, o teste de arrancamento em teto já está em andamento. A prova de teste está pronta para ser colocado na máquina.
 Não é para saber se o Pbolt supera qualquer outras proteções fixas que existem, mais para saber o quanto ele aguenta em relação a carga. Ainda estou procurando parceria para os testes de cisalhamento e tração em outras direções. Quem puder ajudar entre em contato.

Ótima semana e boas Escaladas.

Sergio Ricardo

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Quanto às proteções fixas, a recomendação da UIAA é de 2500kgf,
Ué!! Grampo P suporta apenas 1500kgf...

Salve amigos do climb!!

Gostaria de agradecer a diversas pessoas que vem me apoiando e me incentivando a levar o Pbolt adiante.

Para idealizar um grampo que realmente atendesse o que tem que ser seguido em questões de ÉTICA e SEGURANÇA, tive que suar a camisa e estudar bastante. Foram várias tentativas até chegar ao Pbolt.

Pensei em vários designs. Claro que o que me veio na cabeça primeiro foi tentar fazer um grampo inteiro e entortar a ponta dele até que a ponta encostasse no seu corpo e reforçar com solda, rsrsrs... Meu irmão, tenta entortar uma barra de aço ½” (meia polegada)! Claro que desisti na primeira marretada, rsrs, a ponta do aço deu uma ligeira empenada, ali mesmo já vi que não seria simples melhorar o Grampo P. Existe a técnica de Austêmpera, é uma forma de tratamento térmico de têmpera indicada para aços de ALTO TEOR DE CARBONO, obtendo-se ao final do processo um material com DUREZA MAIS BAIXA.

Para aço 1020, essa técnica já compromete a credibilidade do aço por conta de seu baixo teor de carbono, já o aço 1045 pode ser temperado e beneficiado, porém essa é uma técnica que exige uma certa arte. Tentei entortar o aço 1020 fazendo uma espécie de ferramenta para entortar o aço usando alavanca, ( ahh garoto esperto..), Véio, na boa!!...desiste de entortar isso. Pensei: “Acho que vou fazer grampo a moda antiga, barra de meia e olhal de 3/8 soldado, e pronto, todo mundo usa desse mesmo, assim posso vender pois o grampo é comercializado normalmente e abrir minhas vias com meus próprios grampos!!” Foi desse pensamento que milhares de perguntas me vieram à cabeça.

Se eu quero fabricar grampos, porque fazer igual aos outros sabendo que esse não é o tipo de proteção fixa mais indicado para escalada? E a segurança, já que sabemos que o grampo não aguenta mais que 1500kgf?* Pra que fabricar? Porque não fazer algo que seja seguro e comercializar um produto que futuramente possa ser certificado?

O grampo P até certo ponto é seguro, mas fizeram testes e viram que são mais fracos que as chapeletas, então porque ele é liberado em mercado para escalada? Por que as lojas e os próprios escaladores comercializam um produto que não é certificado e que colocado à prova não chegou nem perto do que a UIAA exige como um padrão?

Não estou dizendo que os grampos usados na escalada não são dignos de serem usados, prefiro muito mais um grampo do que uma chapeleta. Um dos maiores problemas que estão sendo encontrados nos grampos é que existem muitas pessoas fabricando grampos, alguns de qualidade e outros já nem tanto. Também não estou dizendo que o P distribuído largamente no Brasil deverá ser parado de usar, quem sou eu pra dizer isso? Eu mesmo uso qualquer tipo de proteção, grampo P, chapeleta, o importante é as proteções estarem bem instaladas.

Se ao rapelar em uma chapeleta, você constatar que tem uma porca, já pode ficar ligado, quem instalou essa proteção não colocou parabolt expansivo, usou os spits. (abaixo tem uma explicação sobre parabolts expansivos e spits). Agora se tiver um parafuso prendendo a chapeleta pode rapelar com um caminhão nas costas que ela aguenta, pois esse tem parabolt expansivo.

Temos também chapeletas sendo fabricadas no Brasil, algumas vem com suas especificações e marcas, e outras vem lisas. Outro problema de segurança que vejo nas chapeletas são as argolas, que tem a sua junção soldada. A resistência das chapeletas com argola é de 1800kgf, isso dito por fabricantes que testaram o seu produto. Tem chapa sendo fabricada no Brasil e indo direto para a mão do escalador, e aí, vai confiar na solda do olhal como? Quanto às proteções fixas, a recomendação da UIAA é de 2500kgf, independente de ser parada ou não.

Agora se liga na questão: a UIAA é a organização que representa os interesses de alpinistas ao redor de todo o mundo, a organização atualmente agrega 88 associações integrantes de 76 países diferentes, sendo todas de importância nacional. A UIAA possui sede em Berna e é reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional como a entidade máxima a nível global em relação ao alpinismo. Se essa entidade recomenda que as proteções fixas de escalada devem suportar 2500 kgf, então porque usar proteções fixas que estão abaixo do que é recomendado por essa entidade de grande respaldo? Será que o esporte precisa de uma organização melhor em relação a segurança de proteções fixas no Brasil?

As respostas para essas perguntas é bem simples, BOM SENSO, vou explicar melhor.
Seguindo o raciocínio da pior queda, dentro do padrão UIAA para cordas dinâmicas, a maior força permitida no corpo do escalador é de 1200kgf, o que resultaria na última proteção uma força de 2400kgf. O Grampo P soldado aguenta 1500kgf, isso é o valor de ruptura (quebra do grampo). Em uma chapeleta ainda dentro desse raciocínio, tem uma margem de segurança de 100kgf. E o bom senso? É seguido da seguinte maneira:

Se o corpo de um escalador aguenta até 1200kgf, significa que você se quebra e o grampo apenas entorta, é difícil acontecer uma queda que passe de 600kgf por isso não se segue a recomendação da UIAA. Em relação aos equipamentos, a própria corda suporta até 1200kgf (isso depende do fabricante) e o equipamento móvel suporta até 1400kgf. Tudo isso é bom senso, pois toda a força de impacto é absorvida entre Bauderier, corda, costuras, fitas, mosquetões e grampos.

As chapeletas realmente são mais seguras em termos de especificações e normas, mais nos pegam onde somos mais fracos, na falha humana, isso ninguém está livre. Por isso sempre atenção na hora de realizar o procedimento de descida.

Mas também as chapeletas não são a inovação técnica em proteções fixas, as chapeletas não vem com Parabolt, e isso faz com que muitas pessoas comprem chumbadores do tipo spits sendo que o recomendado pela UIAA são os chumbadores do tipo expansivo.

Existe dois tipos de chumbadores que são eles:

Parabolt tipo Spits: ( não recomendado)



Parobolt tipo expansivo: (recomendado)



Bom, depois das tentativas de entortar o aço, resolvi colocar a cabeça para funcionar, e me veio a ideia de desenvolver um grampo que fosse seguro como as chapeletas em questões de especificações e normas, e tivesse a segurança do grampo P de efetuar um rapel e ter mais espaço para manusear mosquetões e fitas.

Veio a ideia de fundir um olhal com parabolt e aos poucos fui descobrindo algumas de suas vantagens em relação às chapeletas e aos Ps. São elas:

Pbolt Vantagens
Pbolt desvantagens
Grampo P vantagens
Grampo P desvantagens
Chapeletas vantagens
Chapeletas desvantagens
Já vem com parafuso e Parabolt expansivo


Possível rapelar diretamente pelo olhal
Difícil instalação( tem que marretar )
São homologadas
Não é possível rapelar direto pelo olhal, sendo necessário o abandono de equipamentos, manobra que não aceita erros pois é fatal
Possível rapelar diretamente pelo olhal

Mais barato

Suportam o que é recomendado pela UIAA 2500kgf
São mais caras, e não vem com parabolt.
Fácil de instalar e Fácil manutenção, é possível fazer toda a remoção do Pbolt e aproveitar o mesmo furo (mínimo impacto)

Fácil visualização em caso de corrosão
Manutenção complicada, as vezes é preciso quebrar o grampo velho e fazer um novo furo na rocha.
Fácil de instalar e fácil manutenção, mas não é possível reutilizar o mesmo furo na maioria dos casos
Difícil identificar corrosão,
Fabricado por Máquinas, passa por uma inspeção de qualidade usando ferramentas de medição, (Paquímetro Digital e calibradores)


Contem solda

não é possível reutilizar o mesmo furo depois de uma manutenção, se o bolt estiver ruim é preciso um novo furo na rocha
Fácil visualização em caso de corrosão







Eu não sou orgulhoso, mas não descobri nenhuma desvantagem em relação ao Pbolt, a não ser a falta de testes. Eu tenho certeza que nessa configuração o Pbolt vai superar as chapeletas, só precisamos dos testes em Laboratório para saber qual a sua carga de ruptura.

Estamos vendo uma cultura que não estamos acostumados se instalando aos poucos em nossa escalada, como os “Grampos colados”, claro que cidades onde a maresia é um dos grandes vilões para as proteções fixas, merecem grampos mais resistentes, mas podemos criar as nossas próprias alternativas para isso, sem recorrer a uma cultura estrangeira, nós temos a nossa cultura de usar Grampos Ps, inventado por um Brasileiro muito antes de terem sido inventadas as chapeletas e agora temos mais uma alternativa de cultura própria, um melhoramento do que já era bom.

Quero aproveitar para fazer um apelo, tenho recebido mensagens de pessoas que querem saber como eu faço o Pbolt. Galera, o Pbolt é usinado, quero deixar bem claro isso. Pesquisem o que é usinagem nos buscadores, melhor ainda se for youtube. Copiar é fácil, se quer fazer faz melhor tentem melhorar o Pbolt, e não copiar, como eu disse, teve estudo no projeto do Pbolt, tem que seguir uma ÉTICA. Não é sair pegando qualquer olhal e parafusando na rocha, queremos vias sim, mais a ÉTICA e o MÍNIMO IMPACTO são importantes e precisamos seguí-los.

São 100 anos de montanhismo, 100 anos de cultura genuína, que pode se perder em chapeletas e grampos químicos. Só depende de nós.

Claro que às vezes é melhor aceitar o que temos do que tentar inventar, garanto que hoje é muito melhor escalar com corda dinâmica do que com corda de sisal. Quero ver se alguém tem coragem de olhar pra sapatilha e dizer: Ah, hoje eu vou escalar com bota sola de pneu!!rsrs.


Mais uma vez MUITO OBRIGADO PELA FORÇA E ENERGIA QUE VENHO RECEBENDO DA GALERA.

Abraços e Boas Escaladas

Sergio Ricardo

Estudo sobre as Proteções Fixas Utilizadas no Brasil (Grampos), Marcelo Roberto Jimenez e Miguel Freitas, projeto do Curso de Formação de Guias (CFG 1998-1999) do Clube Excursionista Carioca.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Pbolt, nova Proteção Fixa de escalada

Saudações Povo da Montanha, Dei uma cara nova para o blog tem um ano que ele não sofre modificações, espero que tenham gostado. 

Bom o que eu posso adiantar sobre a nova proteção fixa é o seguinte:

Temos a novidade do grampo Pbolt, que é a junção do grampo de aço com o parabolt. Une a segurança do grampo convencional com a facilidade de instalação das chapeletas.
O Pbolt é composto por duas partes, o olhal e o bolt. O olhal é uma peça forjada, que segue um padrão de normas1. Ela recebe um retrabalho para se adaptar ao bolt. O bolt, ao qual o olhal se acopla, é uma peça de aço meia polegada (1/2”), também forjada e usinada por máquinas, seguindo todos os padrões de segurança. Usamos ferramentas e procedimentos que seguem as normas, padrões e segurança. Isso é imprescindível, pois é o que mantém a qualidade do produto. Como escalador e trabalhador em altura certificado pela associação internacional IRATA N1, espero poder fazer com que esse Pbolt seja só o início de uma série de ideias que agreguem mais segurança ao nosso esporte, que praticamos com paixão.
Características do olhal: Aço inox 3/8 – 10mm , Fator de segurança 4 X a carga de trabalho - norma ABNT/CB-50
Parabolt de aço: Aço carbono NBR 5580 de 1/2”-12mm – parafuso e porca de aço
 Estamos aguardando a finalização de testes em laboratório, mas realizamos uma simulação de queda real, que foi filmada, usando um objeto com peso de 90Kg sofrendo uma queda de fator 2 de 10 metros e os resultados foram excelentes, o grampo suportou sem nenhum movimento. Após os laudos dos laboratórios divulgaremos este vídeo. Nos testes de simulação real, a peça foi aprovada. O Pbolt não sofre o efeito alavanca que entorta os grampos caseiros e nem degola a cabeça do parafuso.

Importante também dizer é que ele só chegará ao consumidor, depois que todos os testes e laudos estiverem prontos comprovando a sua eficiência. 

Outra coisa que muitas pessoas tem me perguntado nos e-mails é sobre o valor, isso vai depender também dos lojistas, pois eles precisam ter um lucro, mais nós fabricantes chegamos ao valor de 10 reais. 

Por enquanto não tem como ser adquirido para abrir vias ainda, somente para teste, caso alguém queira adquirir um para testes, precisa comprovar que trabalha ou estuda engenharia e pertencer a instituições para realizar os testes. Os testes deverão ser filmado e conter laudos técnicos, comprovando os testes de tração e divulgados nas redes sociais.

Agradeço a todos que estão acreditando em nossa ideia, e nos dando força para que o Pbolt seja mais uma opção de segurança.

Mais uma coisa que gostaria de Lembrar. Final de semana passado fui escalar em Arcos - MG, entrei na via Rastro de são pedro talvez um 9a/b brasileiro, tive sorte nesse dia mandei a cadena, mais antes de entrar na via, uma fita azul me chamou a atenção, ao lado da via rastro de são pedro, tem um 7b que não me lembro o nome, e alguém rapelou da segunda chapeleta da via e abandonou essa fita azul da Kailash, se o dono se identificar com ela aqui nesse post, entre em contato, pois eu resgatei ela.

Abraços 

Sergio Ricardo

 Com o Pbolt, isso já era, mais é sempre bom saber como fazer, e também resgatar o equipo se tiver como isso ser feito!!

 Pbolt Instalado  na rocha.